Papo de autoestima e estilo!
Esse é Meu Drip! Assim se chama o novo lançamento do artista baiano Tas, natural de Salvador (Bahia), o rapper traz ao público um trap, mais especificamente um plug (vertente do gênero) onde em colaboração com o também artista baiano Djotta trazem na canção a exaltação da beleza negra em versos que falam sobre conquista, moda e estilo, mas sem perder os traços marcantes da cultura baiana, tanto na linguagem quanto na estética sonora.
A música, gravada no Baruan Studio no bairro de Cosme de Farias (Salvador), tem como foco principal cantar a vida de tantos que assim como os artistas vivem as alegrias e dificuldades de serem jovens, negros e perifericos. Desde as rimas com teor cômico passando pela auto exaltação característica do rap (conhecida como “Egotrip”) a música tem por objetivo expor e exaltar essa atmosfera urbana, sejam nos tênis, nas joias, no grafite e em todos os outros elementos característicos da cultura hip hop que são apresentados no trabalho
“A gente que é preto desde muito novo lida com isso né? baixa autoestima, se sentir inferior aos outros, menor, mais feio que os outros, é uma questão que ainda me atinge e atinge vários pessoas próximas a mim, então nesse som a ideia é trazer esse resgate mesmo, exaltar o que temos de belo (e são muitas coisas), nosso jeito de se vestir, nosso jeito de falar, nossas histórias, cores, exaltar tudo aquilo que somos, aprender a dar valor a isso, daí que surge ‘Esse é Meu Drip’, nesse objetivo” disse Tas ao falar sobre o lançamento.
O trap (vertente do rap) ainda gera muita dúvida nos ouvintes do Brasil, em especial por ser um ritmo estrangeiro muitos se perguntam se trap é rap, se é um novo gênero, se é uma ramificação, o trap, surgido nos Estados Unidos em cidades como Chicago e Nova York, se caracteriza pela batida por minuto (bpm) mais acelerada que o convencional e por trazer como tema nos versos uma maior recorrencia de rimas sobre dinheiro, criminalidade e sexo, se diferenciando assim do rap tradicional que ganhou relevância através das criticas sociais
Esse é Meu Drip é um trap e assim sendo a música é construída com marcadores que reafirmam sua sonoridade, como por exemplo a palavra “Drip” que em inglês é uma gíria usada para se referir a alguém estiloso, que sabe se vestir, alguém que chama a atenção, algo parecido com dizer no Brasil que alguém “tem a senha” (Giria local). A música, com aproximadamente 3 minutos, contou com filmagem por Artivis (conhecido por trabalhar em sucessos como “Mantém a Fé e “Cheiro da Vitória“), além de edição de video por Gabriel Andrade (Gv) e instrumental por Dj Venuz.
“Eu fiquei muito feliz com o convite de participar da faixa, tanto a vivência no estúdio, a galera que participou do clipe também, é um projeto com muito esforço, que tivemos alguns problemas no meio do caminho, era pra ter saído em dezembro até, mas que agora ta vindo ao mundo da melhor forma possível e temos orgulho disso” finalizou Djotta.